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Barco no lago

Falar sobre a Clínica Psicanalítica é falar sobre um processo de reflexão e elaboração quanto à nossa forma de nos posicionarmos no mundo como sujeitos. Reflexão essa que passará pelos questionamentos de cada um acerca das características que "tomou" dos outros, geralmente, daqueles personagens importantes em nossas vidas.

Abre-se, assim, a possibilidade de mexer no arranjo subjetivo que carregamos: sobre o que quero refletir? O que quero manter? O que quero mudar em mim? Por que repito tais tipos de postura? Por que sempre caio nas mesmas situações que me fazem sofrer?

O propósito é que o processo de análise incida sobre os nós que atam nossas vidas, tentando afrouxá-los. Que, na caminhada de elaborações, se tente uma mudança de posição frente ao mundo e nas relações com outros. Que se possa estar na vida de forma a extrair vivências mais ligadas à satisfação do que ao sofrimento.

 

A escuta psicanalítica, então, privilegia a fala de quem vem ao consultório. O Psicanalista escuta mais que fala por acreditar firmemente que a subjetividade que deve aflorar é a de quem chega para falar de sua vida e seus sofrimentos. Não tem seu trabalho pautado em manuais ou modos preestabelecidos e cada encontro se desenrola num movimento único, singular.

 

Trabalhamos com o particular e não com concepções que tentar abarcar vários sujeitos e suas diferentes vivências em dicas e conselhos prontos. Precisamos conhecer mais da malha de vida de cada um, com seus intercruzamentos peculiares, para fazermos pontuações e intervenções. Dessa forma, podemos dizer que o percurso analítico tem uma fluidez inerente a um percurso de vida tal qual uma canoa que passeia pelo curso de um rio.

2020. Vinícius R. de Oliveira

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